O comentador político Julião Arnaldo, foi um dos convidados no programa “Casos do Dia”da teve sucesso, ontem, quarta-feira (11).
Tal como António Muchanga, foi chamado a comentar sobre as declarações do réu Carlos António de Rosário.
Arnaldo compactuou com o deputado do maior partido da oposição em Moçambique, sobre as atitudes do antigo presidente do Conselho de Administração da ProIndicus, Ematum e MAM. O mesmo frisou que o réu não perde uma oportiunidade para alfinetar ou falar mal do atual presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi.
“António Carlos do Rosári tem se esforçado muito para que o nome do cordenador do comando operativo seja repetido várias vezes em pouco tempo, para passar essa imagem de que o Presidente Nyusi, então Ministro da Defesa na época dos factos, esteja envolvido. Mas o ponto é que, não explica em que está envolvido o presidente Nyusi.
O objecto desse processo tem haver com supostos subornos que os arguidos teriam recebido da Privinvest.
Quero aqui fazer esforço para perceber, da citação que é feito pelo António Carlos do Rosário, de ter recebido ordens expressas do cordenador do Comando Conjunto, para a contratação da dívida, para o pedido de garantias soberanas, para acrescimo de garantias soberanas sobre o valor inicial ao coordenador do comando Conjunto, com aquilo que é o objecto deste Julgamento.
Nota-se o esforço titánico por parte do réu em distorcer o conteúdo daquele documento (usado como elemento de prova da descoberta da Credit Suisse pelo antigo Ministro da Defesa [Filipe Nyusi], o então presidente da República)”, disse Julião Arnaldo.
Em uma outra abordagem, Julião Arnaldo falou sobre a carta que a Defesa do réu António Carlos do Rosário tem se baseado para incriminar Filipe Jacinto Nyusi.
“Aquele documento começa a dizer ‘As Forças de Defesa e Segurança em 2021 concluíram’. E as Forças de Defesa e Segurança não é o Ministro da Defesa. Ela é composta por Ministro da Defesa, Ministro do Interior, o SISE, Director Geral da Polícia, Chefe estado maio das Forças armadas, o Comandante Geral da Polícia, enventualmento outros Ministérios que sejam convidados e o Comandante em Chefe.
Nas reuniões do comando operativo não participam, por que são de operacionalização e da organização do Comando Conjunto.
Aqui há uma nódua que o réu António Carlos do Rosário não trás no processo. Não é necessário ser especialista, e muito menos inteligente para perceber qual é a estratégia da Defesa do réu face a este processo”, acrescentou.
Julião Arnaldo foi mais longe, ao afirmar que a maior parte do réus estão tentando incriminar Filipe Nyusi por que não estava em seu planos que o presidente da República permitiria que o Julgamento acontecesse.
“O facto do Julgamento estar a acontecer, e com transmissão em directo, afetou muita gente.
Há pessoas que dada a qualidade que assumiam até pouco tempo dentro do estado, alguns tendo em conta o grau de parentesco em relação a figuras importante do estado moçambicano, entendiam que esse julgamento não iria acontecer.
Estando a acontecer o Julgamento, há necessidade dos réus direcionar toda raiva a uma pessoa, e esta pessoa Chama-se Filipe Jacinto Nyusi, por que não impediu que esse Julgamento tivesse lugar.
Tudo o que está fazer o réu António Carlos de Rosário, para além do esforço de puxar o Nyusi para a lama, para além do esforço de passar a ideia de que ele é vítima, e que em algum momento passa a ideia que ele é mais patriota que todos nós, e que todos os funcionários do SISE”, sentenciou.