“Muitas dessas raparigas são preguiçosas e querem dos instrutores trabalhos leves” diz Nazário Muanambane

Na semana finda tornou-se público que um grupo de 7 instrutores do Curso Básico da EPPP-Matalana, havia sido suspenso da corporação após engravidarem cerca de 15 instruendas.

A notícia ganhou manchete em vários jornais da praça, alguns órgãos de informações digitais e redes sociais. Muitas individualidades compartilharam o seu descontentamento e indignação.

O presidente da Associação Moçambicana dos da Polícia, Nazário Muanambane, também não ficou para trás. Durante a entrevista que concedeu ao Jornal Magazine Independente, assegurou que a natureza da associação é defender os direitos profissionais da Polícia, a partir do momento em que o agente se envolve em actos que não dignificam a agremiação é uma preocupação para o grupo.

Muanambane disse que o incidente de Matanala Mancha a imagem da Polícia da República de Moçambique.

“Quando no acto da formação se envolvem em actos desta natureza não teremos polícias exemplares. E a questão que fica é: que Polícia estamos a formar?”, disse Nazário citado pelo Magazine Independente.

Numa outra abordagem, Muanambane exigiu que Polícia venha se explicar para que o Centro de Formação da Matalana não venha a ser confundido como um antro de prostituição

“Não concordamos que as recrutas voltem para casa, porque os pais criaram condições para que elas fossem para lá para servir o Estado. E essas pessoas não foram engravidadas na rua. O Comando-
Geral e o Centro de Formação devem as assumir, para elas concluírem a sua formação e servir, no futuro, essas crianças”, propõe Muanambane.

O presidente da Associação da Polícia não se limita à responsabilização da Polícia, mas que é preciso que se investigue as motivações que proporcionam tais acto.

“Muitas dessas raparigas são muito vulneráveis porque são preguiçosas, não querem fazer um trabalho muito forçado, querem dos instrutores trabalhos leves. Então começam a lavar roupas dos instrutores, começam a engraxar sapatos, não querem que os instrutores lhes maltratem. Como sabe, na formação da Polícia prepara–se o homem do amanhã. E não olham se é homem ou mulher”.

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