A direção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), foi surpreendida com revolta de alguns Pastores angolanos na manhã da passada segunda-feira (22), nas províncias de Malanje e Benguela. Os pastores Angolanos romperam com a Direção Brasileira.
Um grupo de pastores de nacionalidade angolana expulsou a liderança brasileira do templo central, na província de Benguela. O cenário foi marcada por violência, que obrigou a intervenção de vários agentes da Polícia Nacional Angolana.
Os pastores revelaram estar indignados com algumas políticas adotadas pela direção brasileira. Entre elas estão a vasectomia, uma cirurgia que deixa estéreis os homens, o racismo e desvio das contribuições dos crentes.
Após terem expulsado os pastores brasileiros, o pastor angolano Adélio dos Santos, revelou que as intrigas entre os pastores e a direção brasileira começou no ano passado.
“Eu mesmo tive problemas por ter engravidado a minha esposa, com quem vivo há 10 anos. As mulheres escondem, não podem engravidar, reclamamos também a evasão das divisas, é tudo feito a partir do Brasil’’, disse Adélio Santos, citado pela Voz de América.
Numa outra abordagem, os pastores Adão e Mazuela mostraram a sua indignação contra a política da vasectomia.
‘‘Para nós, africanos, o filho vale mais do que o dinheiro. Como é possível cortar os meus testículos? Somos servos, queremos servir, mas há racismo, exclusão’’, disse ele.
O pastor brasileiro Edmilson de Sousa optou por não prestar declarações, mas teve a defesa dos chamados obreiros, jovens angolanos que se opunham à tomada do templo.
Aníbal Francisco diz que os insatisfeitos devem abandonar a IURD.
’’Quem fundou a Igreja Universal foram os brasileiros, não se pode mudar a liderança. Quem está descontente…”, afirma.