A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse hoje que os ataques armados contra viaturas no centro do país, que já provocaram alguns feridos desde Agosto, não estão associados a guerrilheiros dissidentes da Renamo.
“Não há nenhuma informação que ligue esses indivíduos [que praticam os ataques] à autoproclamada Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo)”, criada em junho, referiu Orlando Modumane, porta-voz da PRM em conferência de imprensa, em Maputo.
A PRM considera que se trata de “criminosos não identificados” que realizam “ataques esporádicos” em Manica e Sofala e refere que “há uma investigação em curso” para os deter.
Os disparos têm atingido carros, camiões de mercadorias, autocarros e até uma ambulância, em diferentes troços de estrada das províncias de Manica e Sofala.
A zona centro de Moçambique foi historicamente palco de confrontos armados entre forças governamentais e a Renamo até dezembro de 2016, altura em que as armas se calaram, tendo a paz sido selada num acordo subscrito em 06 de agosto último.
Permanecem na zona guerrilheiros, em número incerto, que formaram uma autoproclamada Junta Militar para contestar a liderança da Renamo e defender a renegociação do seu desarmamento e reintegração na sociedade.
O grupo de guerrilheiros já ameaçou por mais que uma vez recorrer às armas caso não seja ouvido – mas, por sua vez, também se diz perseguido por outros elementos desconhecidos.
Fonte: Lusa