O chefe do Estado do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, e o primeiro-ministro, Boubou Cissé, foram escorraçados por soldados das Forças Armadas que levaram a cabo um golpe de Estado no país.
Após o golpe, Ibrahim Boubacar Keïta fez uma declaração na televisão pública renunciando ao cargo e dizendo que não pretende um derramamento de sangue para se manter no poder.
“Gostaria, neste preciso momento, de agradecer ao povo do Mali pelo apoio ao longo destes longos anos e pelo carinho. Gostaria de comunicar a minha decisão de deixar todas as funções a partir deste momento”, disse Ibrahim Boubacar Keïta, citado pela Euronews.
Tudo começou após uma manifestação na base militar de Kati, que dista a 15 Km de Bamako, cidade capital do Malí. Um “simples” protesto salarial, acabou transformando-se numa investida para derrubar o governo, depois de meses de protestos. Os soldados que assumiram o poder anunciam a criação de uma “Comissão Nacional para a Salvação do Povo”.
Iporta Referir, que Keïta venceu um segundo mandato nas eleições de 2018, mas tem enfrentou a revolta popular contra a corrupção, má gestão da economia e o aumento da violência. A notícia da saída do presidente foi muito bem recebida pelos manifestantes contra o governo.