A atitude das Forças da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) na marcha em homenagem ao Azagaia no passado Sábado (18), continuam a dar no que falar.
Várias figuras públicas e individualidades políticas nacionais e internacionais condenaram a atuação das autoridades moçambicanas, que reprimiram uma marcha pacífica e autorizada pela edilidade na capital moçambicana, Maputo.
Durante a entrevista que concedeu ao Jornal O PAÍS, o presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Luís Bitone, acusou a polícia de “uso excessivo da força” na forma como lidou com a convocação da marcha.
“As Forças de Defesa e Segurança atuaram com uso excessivo de força, o seu papel, naquele momento, era de apenas proteger a movimentação das pessoas para evitar excessos por parte dos manifestantes”, disse citado pelo O País.
Bitone receia que Moçambique possa ser censurado por outros estados, tornando-se alvo de “consequências” negativas no plano internacional.
“As consequências serão de uma condenação moral, ou seja, haverá uma censura de outros estados contra o nosso país”, destacou o presidente da CNDH.
Luís Bitone assinalou que os acontecimentos de sábado em Maputo mostram um retrocesso na reputação do país, enfatizando que Moçambique tinha “evoluído bastante na observação dos direitos humanos”.