Frelimo quer que Venâncio Mondlane Seja Responsabilizado

O inquérito parlamentar que investigava suposto envolvimento de um deputado no tráfico de drogas, através do Porto de Macuse, na província central da Zambézia, concluiu que que as informações postas a circular sobre o envolvimento de um deputado da Frelimo eram falsas, o que sugere a manipulação de áudio e imagens da conferência de imprensa realizada pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na província da Zambézia.

“A CPI foi à fonte das informações postas a circular e apurou que não existe nenhuma evidência, nem informação credível oficial e processual sobre o envolvimento de um político ou de um deputado da Assembleia da República no tráfico de droga em Macuse”, pode ler-se no relatório.

Como era de se esperar, o Resultado do inquérito agradou banca do partido no Poder, que resolveu contra-atacar. A mesma disse que o deputado da RENAMO, Venâncio Mondlane, deve ser Responsabilizado por ter dito que um deputado da Frelimo estava envolvido no tráfigo de drogas.

Por outro lado, os partidos MDM e RENAMO dizem que SERNIC e PGR devem investigar a fundo sobre o assunto, pois acreditam que o tal barão está a ser incubado por altas individualidades.

Importa Referir, que em novembro de 2022 o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal da Zambézia (SERNIC) anunciou a detenção de um oficial da Marinha de Guerra e de um professor, indiciados no tráfico de drogas de tipo metanfetamina.

Na altura, Maximino Amílcar explicou que a droga havia sido apreendida no Porto de Macuse e que haveria um deputado também envolvido no grupo [de traficantes].

“Há um deputado que está envolvido neste esquema [de tráfico de drogas] e nós estamos abertos para trabalhar neste caso. Não temos problemas de investigar e trazer a verdade”, disse Amílcar, citado pela DW.

No mês seguinte, o deputado do maior partida oposição na nossa pérola do índico, Venâncio Mondlane, apelou a presidente da Assembleia da República, a emitir uma comunicação para o SERNIC da Zambézia.

“Devia a Assembleia [da República], na pessoa da senhora presidente, emitir uma comunicação para o SERNIC da Zambézia, mostrando a sua disponibilidade absoluta e incondicional para que colabore para que este deputado seja devidamente responsabilizado”, disse Mondlane.

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