Depois do Edil da cidade de Quelimane ter demostrado a sua preocupação e indignação devido ao “atentado” que a sua mãe sofrera na madrugada de hoje, segunda-feira (16) na cidade de Quelimane, o maior partido da oposição no país, RENAMO, também resolveu reagir.
Diferentemente do Manuel de Araújo, a Renamo por intermédio do Gabinete do Cabeça de Lista do Partido RENAMO, as eleições Provinciais na Zambézia, foi direto, acusando o partido no poder de tentar assassinar a mãe do Presidente do Município de Quelimane.
Num comunicado divulgado nas Redes Sociais, a RENAMO diz não ter dúvidas de que os cinco indivíduos que incendiaram a casa da Professora Inês Mário Alculete, mãe de Manuel de Araújo, são membros do partido dos camaradas.
“Gabinete do Cabeça de Lista do Partido RENAMO, as eleições Provinciais na Zambézia
COMUNICADO DE IMPRENSA FACE AO CRIME CONTRA PROPRIEDADE(CASA) E A VIDA PROFESSORA INÊS MÁRIO ALCULETE, MÃE DE MANUEL DE ARAÚJO
Moçambicanos, Zambezianos, Quelimanenses e amigos da Democracia, da Paz e da Reconciliação Nacional em Moçambique
Na madrugada desta segunda-feira, 16 de Setembro de 2019, indivíduos até aqui desconhecidos e até agora monte, mas que pelo modus operandi aparentam ser membros do Partido Frelimo, incendiaram a casa da professora Inês Mário Alculete, mãe do actual edil da cidade de Quelimane e Cabeça de Lista as Eleições Provinciais na Zambézia (e candidato a governador da Zambézia), Manuel de Araújo, no bairro Coalane II. Para lograrem os seus intentos, os criminosos traziam 40 litros de combustível em dois bidões de 20 litros cada. Acto contínuo forçaram o guarda a mostrar a janela do quarto da mãe do candidato e disseram que queriam matá-la. Os malfeitores depois de terem amarrado o guarda, amordaçaram-no e lançaram os 40 litros de combustível para o interior da casa, e de seguida atearam fogo ao quarto da mãe do Candidato.
Esta situação preocupa-nos por se tratar de um atentado a vida de uma compatriota, pelo simples facto de ser progenitora de um candidato, o que viola de forma flagrante não só o espírito como também a letra da Constituição da República de Moçambique, do Acordo de Cessaçāo de Hostilidades, do Acordo Definitivo de Paz de Maputo bem como todos os instrumentos regionais, continentais e internacionais sobre direitos humanos de que Moçambique e signatário (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacuonal sobre os Direitos Civis e Politicos, Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos entre outros)
Desde já, queremos de forma veemente e enérgica condenar esta acção maléfica e criminosa. De igual modo, exigimos que as autoridades policiais e de justiça, encetem esforços no sentido de neutralizar os protagonistas e os levem a barra da justiça.
Porque acreditamos na graça Divina, estamos cientes de que um dia a justiça será feita na terra ou no céu. Até prova em contrário, pelo modus operadi acusamos pública e directamente ao Partido Frelimo e ao seu candidato Filipe Jacinto Nyussi, por até hoje não se ter distanciado, condenando de forma pública e inequívoca dos actos violentos perpetrados por membros do seu Partido não só na Zambézia (Pinda, Morrumbala, Inhassunge, Derre, como noutros pontos do pais. Ao povo moçambicano, a população da Zambézia, aos Quelimanenses residentes e na diáspora, a Sociedade Civil, aos partidos politicos, aos órgãos de administração eleitoral, a Comunidade Santo Egidio, ao Sumo Pontífice, as Igrejas e confissões religiosas e a Igreja Católica em particular, a Comunidade Internacional, apelamos para que tomem accções enérgicas e de condenação ao uso da violência para fins eleitorais.
Por eleições lives, justas, transparentes e sem violência.
RENAMO Unida, Rumo a Vitória.
Do Zambeze ao Ligonha e do Rio dos Bons Sinais aos Montes Namuli.
Quelimane, 16 de Setembro de 2019″