Morreu esta terça-feira, aos 90 anos, Marcelino dos Santos, um dos fundadores e maiores impulsionadores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder há mais de 40 anos.
A notícia da morte do veterano da luta armada de libertação de Moçambique foi dada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante um comício popular realizado nesta terça feira na cidade de Pemba, em Cabo Delgado. «Perdemos o nosso ícone, o camarada Marcelino dos Santos. Iremos nos organizar, como Governo, porque ele já foi proclamado herói nacional. Não esperámos que acontecesse o que hoje (terça-feira) aconteceu para o declararmos nosso herói», disse.
O combatente e político foi também poeta, tendo os seus textos, assinados com os pseudónimos de Lilinho Micaia e Kalungano, inspirado várias gerações de escritores. Com estes pseudónimos tem poemas seus publicados no Brado Africano e em duas antologias publicadas pela Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa. Com o seu verdadeiro nome, tem um único livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1987, intitulado “Canto do Amor Natural”.
Marcelino dos Santos nasceu em 1929, no Lumbo, na Ilha de Moçambique, província de Nampula.
Fonte: A Bola