Na baixa da cidade de Maputo existe uma esquina localizada na baixa da cidade, de nome Rua Araújo, e é um local muito frequentado por homens casados e solteiros que procuram satisfazer as suas necessidades sexuais.
Os clientes escolhem a prostitutas ou prostitutos que acharem interessante, e após um programa pagam o valor combinado. Há casos, onde o cliente paga para levar a mulher ou homem para dormir na sua casa.
Entretanto, a prostituição em Moçambique ainda não foi legalizada. Com isso, a Polícia da República de Moçambique (PRM) tem recolhido as selas algumas fazedoras de sexo.
Portanto, nesta semana a apresentadora do programa Volante, transmitido na Vuca TV, pela Eunesma Manjate, deslocou-se até a baixa da cidade de Maputo para entrevistar em exclusividade uma mulher que ganha a vida se prostituindo.
Durante a reportagem, a rapariga que preferiu não revelar sua identidade por questões de segurança, revelou que várias vezes as fazedoras de sexo são burladas, e quando vão meter queixa em uma das esquadras da capital do país, as autoridades não dão andamento a denúncia.
“Estou neste trabalho há sete anos, chego nesta esquina às 08h às 10h, pois às 12h há muito cliente. Alguns pagam, alguns fogem com dinheiro, e outros dormem connosco e depois não nos pagam. E quando é assim vamos meter a queixa na polícia, mas a polícia diz que não está aí pra nos, alegando que nem sabem o que nós fazemos.
Então, acho que esse trabalho de sexo fosse regularizado, porque nós sofremos muito e na esquadra a polícia nem sente pena de nós”, disse uma prostituta.
A jornalista Eunesma Manjate, questionou os motivos que levaram a rapariga a escolher trabalho de sexo, por sua vez, esta recusou a tecer comentários à respeito da pergunta, mas segredou que consegue pagar as suas contas com a prostituição.
“Alguns membros da minha família sabem e outras não sabem que eu sou trabalhadora do sexo, a família me apoia, mas não há nada o que posso fazer, já tenho meus filhos, tenho minha casa e pago minhas despesas.
Esperava que a família me apoiasse porque é um serviço normal, mas embora meus filhos são pequenos, não gostaria que meus filhos soubessem que eu trabalho. Aqui por dia, há dias que faço 800, 1500 e 2000 mil meticais, dependendo do dia. E consigo pagar todas minhas despesas”, sentenciou.
Na mesma ocasião, a trabalhadora do sexo fez saber que usam camisinha no momento do sexo, e para além disso previnem-se, pois tem activistas que vão lá pra fazer teste e elas sempre cumprem e não só, disse que são mais prevenidas do que as moças do bairro.
Apesar de ser um trabalho que envolve altas somas de dinheiro, revelou que não aceitam fazer sexo com menores de idade, mas se for para ir em casa do cliente acabam aceitando.