Embora o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, tenha anunciado que todo cidadão deve ter ligações de energia elétrica de forma gratuita, na província de Maputo há casas que até hoje não têm energia elétrica.
A Moz Mossoko sabe que apesar das ligações serem gratuitas, há agentes da Electricidade de Moçambique que fazem cobranças ilícitas para fornecer energia, situação essa que acaba contribuindo para que as famílias de baixa renda fiquem muito tempo sem corrente energia.
Com eletrecidade as pessoas divertem-se com a Televisão e rádio, entre outros aparelhos eletrónicos. O mesmo não acontece no bairro de Ngondlhoza, Posto administrativo de infulene, na cidade da Matola, na província de Maputo, sul de Moçambique.
Os moradores fizerem sérias denúncias, ontem dia 24, no programa Road Block, da TV Sucesso, apresentado pelo jornalista Horace Muchanga.
A população alega que estão a viver num sítio completamente esquecido pelo governo da Frelimo, e não entendem o porquê daquele bairro não ter corrente elétrica. E algumas mulheres explicaram à reportagem da TV Sucesso, que saíram da cidade enquanto eram mulheres brancas ou claras, mas por causa da falta de energia estão ficando escuras.
O Ngondlhoza é considerado um bairro muito perigoso na calada da noite, por conta da falta da corrente elétrica, e as casas têm recebido com frequência visitas dos gatunos que roubam até calcinhas.
Uma das entrevistadas pela TV Sucesso lamentou a situação o bairro tem passado na calada da Noite.
“Nesta zona não estamos bem, no dia de hoje acordamos e encontramos um corpo sem vida e não sabemos se foi matado aqui ou noutra zona.
Aqui em Ngondlhoza as pessoas semeam suruma nos quintais deles só para fumar, há também violação sexual de menores, nós as mulheres não saímos para fora depois das 17h, porque os homens ficam na floresta a fumar suruma, basta te ver te levam para fazer o que eles querem dentro das obras.
Aqui não temos energia, só temos água, mas energia não temos, a Polícia só fica lá na escola e nem Circula por aqui. Não me sinto seguro viver aqui”, disse uma das entrevistadas.
A segunda mulher a ser entrevistado pelo Horace Muchanga, com muita preocupação lamentou sobre um assassinato que aconteceu no bairro.
“Não sei porque é que o mataram o jovem, ele não tinha problemas com ninguém, aquele basta beber só dançava, sinto muito daquela família, queremos justiça.
As pessoas que lhe mataram são daqui da zona, queremos justiça e queremos energia porque há violação de mulher durante a calada da noite, estamos a pedir ajuda à quem é de direito, estamos aqui há muito tempo, só há promessas que não são cumpridas, papa Filipe Jacinto Nyusi estamos a pedir ajuda não nos esqueça, desde 2019 estão a nos prometer, mas não chega”, acrescentou.
Uma terceira entrevistada pela TV Sucesso disse que no bairro Ngondlhoza não há diversão, e nas noites os casais só fazem sexo.
“Aqui em Ngondlhoza não há diversão, a nossa diversão é nascer toda hora, a noite só fazemos sexo porque já não temos alternativas. Foi dar parto e no hospital também não há energia para iluminar o bairro e por sempre estamos na cama a fazer sexo porque não temos energia”, atirou.